CMALV 115
Nº Inventário: CMALV 115
Denominação habitual: Chaise Longue
Título: N/A
Dimensões:
Altura (cm): 64
Largura (cm): 175.7
Comprimento (cm): 73.7
Técnica: Mista
Descrição/ Historial: Base rectangular de madeira, coberta com um fino forro de linho beje preso a toda a volta por uma série de pequenos pregos. O interior está cheio com pequenas palhas escuras, que dão forma à base de todo o assento. Na cabeceira, possui almofada independente, recta na base e na face anterior, e ondulada (acompanhando a curva do pescoço) na parte superior e anterior, formando assim o encosto. É também forrada a um fino tecido de linho beje. Possui quatro pernas baixas, torneadas, com bolachas e pequenos pés cilíndricos, com engates de metal em três deles, onde engatariam rodas para uma mais fácil movimentação do divã. A forrá-lo, possui uma manta rectangular, formada por retalhos de diferentes formatos, alguns com franja branca, cosidos uns aos outros de modo a adaptar-se ao formato e a cobrir a chaise longue. Os vários retalhos, que parecem ser partes de outras mantas ou carpetes, são tecidos com fios de algodão entrelaçados, em tons de branco, rosa claro, vermelho, verde e azul.
Em Julho de 1912, Afonso Lopes Vieira envia um postal a Augusto Rosa onde na frente existe uma fotografia dele próprio deitado no seu “divã tumular” (como ele chamava a esta chaise longue), a fumar cachimbo, virado para a praia de S. Pedro de Moel. Por baixo da fotografia, pode ler-se:
“ VERA EFIGIE D’UM POETA TRA-
GICÒ-MARÍTIMO CAÍDO EM PER-
PÉTVA RÊVERIE, E POR ELE EN-
VIADA AO QUERIDO AMIGO AVGVS-
– – – – TO ROSA – – – -“
No reverso, para além do destinatário, lê-se:
“Num divã, q. é o seu Limbo,
ele fuma, e escuta o Mar…
Não lhe tirem o cachimbo,
e deixem-no dormir, talvez sonhar!
Affonso
Julho
1912”
(In BMLALV, A104, nº. 32604, Postal a Augusto Rosa, Julho de 1912)
Incorporação: Doação (1947)
Localização: Casa-Museu – Varanda
Datação: Desconhecida (inícios do século XX?)
Autoria: Desconhecida