Nº Inventário: CMALV 99
Denominação habitual: Bufete (Mesa de escritório, segundo o inventário manual realizado em 1998)
Título: N/A
Dimensões:
Altura (cm): 86
Largura (cm): 154
Comprimento (cm): 87.5
Técnica: Torneado e entalhado

Descrição/ Historial: Bufete de grandes dimensões, com tampo rectangular liso, ligeiramente saliente e rematado por friso encordoado a toda a volta, recortado ao centro. Aro com dez gavetas a toda a volta, três reais em cada uma das faces frontal e traseira, e duas falsas em cada uma das faces laterais. As gavetas são todas almofadadas e emolduradas por tremidos, e separadas por volutas com caneluras, sendo as dos cantos maiores do que as centrais. A zona inferior do aro possui, por baixo de cada uma das gavetas e das volutas que as separam, almofadas rematadas em cima e em baixo por um friso encordoado. Todas as gavetas, reais e fingidas, possuem ao centro um espelho ovalado em metal trabalhado representando dois pássaros que ladeiam a fechadura (no caso das gavetas fingidas, existe apenas a marca da fechadura) e que seguram, sobre ela, uma espécie de coroa vegetalista. Possui quatro grossas pernas torneadas, espiraladas e com bolachas, fixadas entre si por travejamento rectangular também torneado, espiralado e com bolachas, e assentes em pés esféricos. Nas intersecções do travejamento encontram-se cubos com espelhos (quadrados e com motivos vegetalistas) e parafusos, salientes, funcionais e decorativos.
A designação deste móvel – bufete – deriva do francês buffet, mas distanciou-se dessa função inicial e, no mobiliário português, aplica-se geralmente a uma mesa de grandes dimensões, destinada a espaços de recepção. No caso específico do bufete em questão, ele era usado por Afonso Lopes Vieira como mesa de escritório na sua sala da casa de S. Pedro de Moel.

Incorporação: Doação (1947)
Localização: Casa-Museu – Escritório/Sala
Datação: Finais séc. XVII – inícios séc. XVIII
Autoria: Desconhecida