CMALV 989

Nº Inventário: CMALV 989
Denominação habitual: Aquário
Título: N/A

Dimensões:
Altura (cm): 8.5
Diâmetro (cm): 33.5
Técnica: Moldagem(?)

Descrição/ Historial: Aquário composto por taça de vidro apoiada numa base de ferro forjado. A taça, de vidro transparente, tem a forma circular, é larga e baixa, com o bordo virado para fora e com remate ondulado na borda exterior. A base de ferro tem, na parte superior, uma armação de forma circular onde apoia a base de vidro. Ela é composta por duas faixas paralelas, entre as quais surgem motivos decorativos ondulantes. Esta armação é, por sua vez, sustentada por três pés, forjados em forma de peixe com o rabo enrolado para cima, e com a frente semelhante à de uma espécie de dragão.
Desconhece-se a data e as especificações da criação deste aquário. No entanto, em Junho de 1951, já depois da morte de Afonso Lopes Vieira, António Arala Pinto, numa conferência realizada na Casa do Distrito de Leiria, em Lisboa, faz uma pequena referência ao objecto em questão: “[…] Com que carinho falava Afonso Lopes Vieira da arte do vidro, […], com que prazer me mostrava o suporte de ferro, do seu aquário marítimo, dizendo-me que Mestre Lourenço de Almeida, o autor do lampadário existente na Batalha, trabalhava o ferro com a mesma arte com que o oleiro trabalhava o barro; […]”
Embora este aquário esteja actualmente exposto com parte da colecção de conchas de Afonso Lopes Vieira no seu interior, nem sempre assim foi. Sabe-se, através de testemunhos orais recolhidos em entrevistas realizadas durante o processo de inventário, que este aquário, que o poeta tanto estimaria, era de facto usado como tal. Nele eram colocadas algas e outros elementos marinhos, que seriam trocados com a frequência necessária para manter aquele aquário como que um pequeno pedaço do mar.

Incorporação: Doação (1947)
Localização: Casa-Museu – Varanda
Datação: Desconhecida (Séc. XX)
Autoria: Lourenço Chaves de Almeida (autor da base de ferro)
PINTO, António Arala – Duas Dívidas. D. Denis e o Nacionalismo de Afonso Lopes Vieira, Leiria: Comissão Municipal de Turismo de Leiria, Abril 1952, p. 14.
Nomeadamente a D. Helena Barradas, afilhada de Afonso Lopes Vieira, e ao Mestre Joaquim Correia, escultor, amigo próximo e protegido do poeta.